Inclusão Escolar pra valer!

Fabiana Tavolaro Anelli - Direto de Portugal

Coluna EDUCAÇÃO INFANTIL

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Inclusão Escolar pra valer!

 Hoje há uma série de normativas, portarias, decretos e leis que asseguram e regulamentam o atendimento educacional de estudantes com deficiência, transtornos do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº13.146/15) é a mais atual e destinada a assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais para pessoa com deficiência,  visando a sua inclusão social e cidadania.

A lei é muito simples e bem clara para seu entendimento, isso deve-se ocorrer em qualquer lugar; público ou privado, com acessibilidade e com recursos totais para que a inclusão ocorra naturalmente. 

 A inclusão escolar é acolher todas as crianças, sem exceção, no sistema de ensino. Todas as instituições devem oferecer atendimento especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, como consta no artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente. A legislação também obriga as escolas a terem professores de ensino regular preparados para ajudar alunos com necessidades especiais a se integrarem nas classes comuns. Ou seja, uma criança portadora de deficiência não tem que procurar uma escola especializada, ela tem direito a cursar instituições comuns. Desta forma é dever da escola promover seu acesso.

 Agora é dever do professor trabalhar em conjunto com a coordenação,  elaborar e aplicar atividades que levem em conta as necessidades específicas de cada um. Mesmo que o tema da aula seja comum à todos, ele deve ser adaptado da melhor forma possível para que o aluno consiga acompanhar o restante da

turma.

A preparação da escola não deve se dar apenas dentro da sala de aula, é necessário modificações físicas,  materiais específicos e quadros magnéticos que podem ajudar no desempenho das crianças. Afinal, o aluno não passa apenas seu tempo escolar dentro da sala de aula, é preciso um bom acesso ao pátio para brincar e sentir-se à vontade dentro da escola. Na teoria, tudo vai muito bem, obrigado!

 Agora,na prática,não vai tão bem assim. Muitas instituições colocam dificuldades para matricular crianças com deficiência (isso é ilegal), dizendo que não possuem vagas ou que não estão adaptados a isso.

Outro problema é a grande quantidade de alunos em sala de aula, e, apenas um professor para fazer tudo. É necessário que em cada sala que tenha alunos especiais,  tenha também mais um professor com capacitação em educação inclusiva para auxiliar e colaborar com a aula.

 Atualmente, a escola trabalha com um modelo padrão de ensino aos alunos e baseia suas atividades numa capacidade média de aprendizagem. Todos devem aprender ao mesmo tempo e da mesma forma. E sabemos que não é assim que acontece. Cada aluno tem seu tempo no aprendizado, é unico, e isso independente de ter qualquer dificuldade ou não. 

 Acredito que o progresso deve ser avaliado não em relação à média,  mas em relação à trajetória pessoal de cada um. Solucionar a necessidade da inclusão para se tornar perfeita é bem complexa. Implica em transformar a educação como um todo. Mas, um dos primeiros passos é melhorar a formação dos professores para que eles adquiram condições e noções sobre as necessidades educacionais especiais,  assumindo assim o dever de ensinar todos os alunos, sem esquecer a educação dos portadores de deficiência por padronização de suas aulas.

 Exige um esforço de todos. A escola deve ser vista como um ambiente de construção do conhecimento. Assessorando o professor para resolução de problemas no cotidiano da sala de aula, criando alternativas que possam beneficiar todos os alunos. 

O mundo esta caminhando para um grande avanço no acesso de pessoas com deficiência. A escola é parte fundamental nessa caminhada. Devemos levar em conta que temos muitos  indivíduos, que todos são diferentes, e não apenas salientar suas deficiências e dificuldades. Devemos assim, sempre valorizar suas conquistas e avanços.